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sábado, 14 de julho de 2012

E eles viveram felizes para sempre




Afinal o que é amor? Ao mesmo tempo em que acho essa pergunta tão clichê, também a acho um tanto difícil de responder!

A principio acredito que o amor deve estar presente em tudo o que fazemos, sonhamos e buscamos... Ao defini-lo é natural imaginar um casalzinho apaixonado, ou milhares de corações desenhados na capa de um caderno com duas iniciais escritas... Mas amar é só isso? Entendo o amor de uma forma muito mais ampla, amor pra mim é respeitar o próximo, é confiar, é acreditar que aquela pessoa é essencial para nossas vidas... Amor de mãe, amor de pai, amor de amigo, tem amor melhor?

O amor move as pessoas, é uma força interior que aproxima uns dos outros, e para que esse sentimento funcione é necessário à gratuidade, nesta dimensão ninguém pergunta qual o preço, quanto custa, pois está presente a doação, o serviço, a renúncia... No mundo em que vivemos hoje, falta compaixão e só existe esse sentimento quando temos amor dentro de nossos corações. Pergunto-me se temos amor pelas pessoas que passam fome, pelos doentes que esperam leitos, pelas pessoas que não tem onde morar,pelos drogados que ficam largados! E concluo uma resposta: Não temos amor por nenhum deles! Porque se tivéssemos, pelo menos tentaríamos lutar para vê-los num lugar melhor! 

Nessa sociedade, competitiva, agressiva, interesseira e injusta os verdadeiros sentimentos são largados de lado. Cada dia que passa a resposta para perguntas como: A onde se esconde o Amor? Ficam mais difíceis de se responder, afinal atualmente sentimentos assim são ignorados por nós, tornaram-se  banais, insignificantes e ridículos.

Depois de falar do amor de caridade, do amor ao próximo, do amar Deus sobre todas as coisas, acho que é necessário voltar a falar do amor de companheirismo... Que cada dia mais me desaponta... As pessoas esqueceram que as outras têm sentimentos, não estão nem aí pros outros... Elas ficam por ficar, dizem “te amo” da boca pra fora, se casam com a idéia de que existe divórcio caso não dê certo e acham impossível fazer bodas de ouro... Será que só eu sonho em encontrar a pessoa ideal? Será que só eu quero: “E eles viveram felizes para sempre”? Como vivemos o amor ? 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ela não gosta de abraços




Por que eles insistem em abraçá-la? Ela não gosta de abraços! É tão difícil entender? As pessoas são cheias de dar abraços falsos, abraços que não representam nada, abraçar por abraçar, ela era cheia de evitar as pessoas que se aproximavam com os braços abertos... A menina acreditava que abraçar virou algo generalizado, assim como amar virou algo banal, as pessoas dizem “te amo” da boca para fora, elas olham para alguém e se apaixonam, ficam com qualquer um e já não dão os verdadeiros abraços.
Essa menina, buscava o abraço ideal, ainda acreditava num mundo melhor, queria que as pessoas deixassem de banalizar os sentimentos... Os colegas a achavam fria e aqueles que não a conhecessem direito, a chamariam de “quadrada”, porém o que ela queria era só abraçar as pessoas que realmente mereciam. ABRAÇOS, MAIS ABRAÇOS E ABRAÇOS... Quanto abraço sem necessidade... Ela odiava despedidas ou chegadas inesperadas que mereciam abraços... Afinal, pra que tanto abraço???
Porém naquele dia foi bem diferente, uma pessoa inesperada apareceu sem ao menos avisar, procurando-a por todos os lugares. Até que seus olhos se encontraram no meio da multidão e não houve lugar para onde fugir... Ele foi se aproximando e ela sabia que não tinha como escapar, o rosto dele se iluminou ao vê-la e ele presenteou o coração da garota com um sorriso torto que esbanjava perfeição...  Os dois foram ficando cada vez mais perto, trocaram um tímido oi e ele sem avisá-la a surpreendeu com um abraço,porém abraçou-a de uma maneira tão diferente, que suas mãos se encaixaram perfeitamente na cintura dela e esta sem resistir acabou passando seus braços sobre o pescoço dele... E os dois começaram a rir...
Talvez aquele teria sido o melhor abraço que ela receberá em toda sua vida ou às vezes foi o único verdadeiro, mas a menina tinha uma única certeza, se ela pudesse nunca mais se soltaria daqueles braços tão perfeitos. Foi assim que ela percebeu que abraços são tão bons quanto as melhores coisas da vida, e para se tornarem inesquecíveis é necessário que sejam de ambas as partes... Passou o restante da noite pensando, se só ela guardaria aquele abraço para sempre... E obteve uma certeza, aquele menino a ensinou  o significado de se abraçar.
Seus amigos continuaram a insistir e dizer para todos que ela não gostava de abraços. Mas no fundo, no fundo a garota sabia muito bem, de que ela havia aprendido a gostar um pouquinho de abraços, mas na verdade só queria mesmo era ganhar outro abraço especial...

domingo, 13 de maio de 2012

A história: Um guarda-chuva vermelho




A chuva bate na janela e lembro da ultima vez que corri nela, era uma noite de julho e meus cabelos voaram na brisa, Afonso corria comigo e nossas roupas se ensopavam com a água fria da garoa que mais tarde se transformou em tempestade. Minhas mãos se dividiam entre o guarda-chuva vermelho e a mão quente dele. Nossos olhares se cruzavam em silêncio e por mais que não queríamos nos molhar lutávamos para não chegar em casa, nenhum dos dois queria se separar. Cada minuto que podíamos ficar juntos era precioso, no outro dia não haveria mais chuva, mãos dadas, sorrisos ou abraços, ele pegaria o avião e dificilmente voltaríamos a nos ver...
Todos comentam dos famosos romances de verão, porém ninguém se lembra dos de inverno,esses começam do nada e acabam mais rápido do que podemos imaginar, posso compará-los com o frio, quando ele chega sentimos falta do calor, porém quando vai embora esperamos por ele ansiosamente.
Sinto falta daqueles dias... Escuros, sem vida, congelantes e angustiantes para muita gente, menos para mim. Gosto de lembrar das corridas de mãos dadas na chuva, das xícaras de chocolate quente, das blusas de frio emprestadas, dos filmes em baixo do cobertor e das longas e intermináveis noites sem energia, quando nos sentávamos um do lado do outro no escuro para conversar milhares de coisas e rir sem motivo.
Acabamos junto com o frio, ao ir embora ele me levou o amor... Os cobertores foram guardados, troquei o chocolate quente por refresco, e o sol iluminou o restante dos meses. Ficaram só lembranças e saudade.
Agora com a chuva batendo novamente na janela meu coração se aperta percebendo que o inverno já voltou. Lembro-me que é hora de voltar a usar o guarda-chuva vermelho e os cobertores, porém tem uma grande diferença, Afonso não estará aqui para dividi-los comigo ou para ao menos me emprestar sua blusa de frio ao me ver tremer... É acho que agora o inverno será triste, angustiante e ainda mais deprimente do que é para as outras pessoas... Não vejo a hora de o verão voltar.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O trem da dor


Naquele dia até o céu resolveu se fechar para o sol. Acho que ele se comoveu com minha história. A chuva fina começou a cair sobre todos... As pessoas praguejavam por se molharem, cobriam-se com capuz, blusas, guarda-chuva. Ninguém entendia o verdadeiro significado dessa chuva... O céu chorava junto comigo e nossas lágrimas se misturavam...
Tudo parecia loucura, porém para mim era indiferente, já não pensava em mais nada. A vida já não fazia mais sentido... Meu corpo fraquejava, mas eu implorava para ele andar, não podia parar... Tinha um destino para alcançar... Não sabia aonde e nem como encontrá-lo, mesmo assim sabia que ele me esperava...
Minhas pernas lutavam contra o cansaço, minha cabeça girava, meu coração batia devagar... Desconfiei que ele fosse parar, mas nem me importei ,nada mais importava... Foi quando caí...
Para que tudo isso? O único som que ecoava na minha cabeça era o barulho daquele trem... O trem que ao partir quebrou o meu coração... Nele estava o meu amor... Que partiu acenando e fazendo juras de amor eterno... Por que foi embora? Por que me abandonou?  Esqueceu que me coração era grudado ao dele?
Todo o resto que existia de mim foi levado com o trem...  Foi embora minha vida, meu coração...
A chuva passou, o sol voltou e o céu me presenteou com um arco-íris. Meu corpo pediu para levantar e eu resolvi encontrar o caminho que procurava... O encontrei, precisava seguir um caminho diferente, longe do trem, longe dele... Longe da chuva e das lágrimas salgadas... Perto do arco-íris, perto do amor que não machuca, que não abandona... Achei-o, o mais rápido que imaginava... Sempre esteve ao meu lado me esperando e eu nunca havia sequer desconfiado...




sábado, 11 de fevereiro de 2012

Páginas da Vida...



 Sabe aquelas pessoas que entram na nossa vida e insistem em ficar? No primeiro momento nos achamos privilegiados por tê-las, não acreditamos que existem... Até que um dia elas nos magoam tão profundamente que sentimos necessidade em esquecê-las... É tarde demais, já amamos, conhecemos, compreendemos e queremos essas pessoas ao nosso lado.
Pensei que tinha encontrado uma solução para esquecê-las... Comprei uma borracha para apagá-las da minha vida, mas descobri que foram escritas à caneta e por mais que eu insista em passar a borracha, nenhuma palavra se borra no papel! Foi então que percebi que elas já então registradas, marcadas, grifadas na minha memória... Meu coração me impede de usar errorex para apagá-las ou lápis para rasurá-las, porém meu cérebro implora para não só apagar a frase escrita como também para rasgar e jogar fora a folha em que as escrevi, mas isso dói demais, afinal essa folha é uma página da minha vida; como podemos apagar uma parte da história de nossa trajetória?
Acabei por encontrar uma solução melhor, deixei de lado a borracha... Não apago a frase, nem rasgo a folha, apenas continuo a escrever, formando um texto... Quem sabe aquela pessoa não passa a ser uma frase sem coerência e coesão no meio de várias outras inesquecíveis, belas e marcantes? Agora aprendi que sempre dá para colocar um ponto final nas frases que nos magoam... E nada melhor do que começar a escrever um novo parágrafo para aquelas pessoas que realmente valem a pena...   

                                                                                                                      

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Encontros e desencontros




Saí às presas de casa, estava adiantada para meu encontro, porém a minha ansiedade não me deixou esperar. Peguei meus fones de ouvidos e minha mochila e não voltei quando minha mãe gritou, -Melissa, volte aqui!
Corri sem olhar para os lados, não era todo dia que Nina, minha melhor amiga vinha me visitar. Estava com muita saudade e raiva ao mesmo tempo, pois havia me abandonado sem ao menos avisar.
Nós éramos amigas desde sempre, vivíamos juntas, e perguntavam-nos se éramos irmãs... Porém um dia ela mudou ... Parou de atender meus telefonemas e de conversar comigo...  Derramei lágrimas sem entender o que tinha acontecido. Até que me ligou falando que precisávamos nos ver, não pensei duas vezes em combinar de nos encontrarmos...
Cheguei na pracinha combinada, bem antes do horário, sentei no meu banco de costume, tentei acalmar meus nervos...Minha cabeça girava e meu cérebro tentava entender o motivo de tudo aquilo.
Quando consegui respirar e clarear a cabeça, olhei para o outro lado da rua e avistei um menino... Meu coração começou a disparar... Ele era lindo, seus olhos cintilavam, os cabelos arrepiados voavam com o vento, seu sorriso era torto mas trazia perfeição ao rosto... Em uma fração de segundos meus pés saíram do chão, comecei a flutuar, fazer inúmeros planos e imaginar que um dia seria só eu e ele... O que estava acontecendo comigo?  Meu coração batia acelerado e meus olhos não conseguiam desviar do rosto do menino... Ele começou a se aproximar e comecei a tremer, será que estava apaixonada? Amor à primeira vista? Mas eu não acreditava nisso...
Foi quando Nina apareceu e saiu correndo ao meu encontro, me iluminei com a alegria em sua face, mas só pensava no garoto do sorriso torto... Nina estava com os braços aberto e imaginei que ela vinha me abraçar, porém me enganei, afinal ela correu para os braços dele, lhe deu um profundo e romântico beijo nos lábios que esbanjava tanta perfeição...  Ela conhecia o menino do sorriso torto? Eram amigos? Meu peito doía e minha cabeça pedia um pouco de lógica para essa confusão... Ao ver aquele beijo meu coração se partiu e as lágrimas surgiram para embaçar os meus olhos...
Nina com um sorriso nos lábios e sem perceber meu sofrimento, pegou o menino pelas mãos e o trouxe ao meu encontro,olhou para mim e disse com sua voz fina e doce:
- Melissa, esse é o meu namorado!
 Foi nesse momento que tive certeza que meu mundo havia desabado...