quarta-feira, 22 de junho de 2016

Eu fui no João Rock: Até que enfim!


João Rock. Multidão. Eu tenho medo de multidão. Medo não seria a palavra mais apropriada, talvez fobia se enquadrasse melhor. Enfrentei o medo. Comprei meu ingresso meses antes. Quase desisti de ir por conta do final de semestre com os milhares trabalhos que tinha que entregar. Mas fui. Fui com medo de me sentir mal por causa da aglomeração das pessoas, sabendo que ficaria madrugadas inteiras estudando para recuperar o final de semana perdido. E não é que rolou? Foi um dos melhores shows da minha vida. Me diverti muito mesmo! Cantei, gritei, dei risada, pulei, aproveitei, curti e passei frio! Mas valeu cada segundo e já quero ir de novo! Cada show me marcou de uma forma, cada música me retomou uma lembrança, foi um festival que me possibilitou rever os fantasmas, colocar ponto final em algumas histórias, seguir em frente. Como um conjunto de shows conseguiram fazer tudo isso? Músicas fazem milagres com a gente, pelo menos é o que eu acredito.
Entrei no festival e o sol se punha, as cores rosas e laranja se misturavam ao som de Nação Zumbi, as pistas de skate, as filas imensas para comprar comidas e o sorriso no rosto na maioria das pessoas que eu vi... A primeira lembrança ressurgiu das cinzas vendo um cara comendo uma maça que estava de calça jeans e blusa xadrez, lembrei de um primeiro amor, por um carinha mais velho que se vestia assim, me dava moral e chegava atrasado comendo maçã nas reuniões que a gente se encontrava. Achei toda essa situação engraçada, comecei a rir sozinha e resolvi comer a maçã que eu também tinha levado na bolsa ao som de Paralamas.
Paralamas tocando, eu rindo, e o mais legal foi poder cantar "óculos" junto com eles! Poxa nem achava que ia gostar tanto desse show. Depois a tentativa de ir mais para perto do palco, me sentir quase esmagada tentando enfrentar a multidão, e arrumar um lugar horrível grudada na grade e perto de um fluxo de pessoas que queriam passar para o outro lado, foi a única hora que me senti agoniada, mas estava quase morrendo quando um cara muito legal que podia me esmagar igual todas as pessoas, trocou um olhar comigo que durou milésimos de segundos e me entendeu tão bem que acabou fechando a passagem que faziam as pessoas chegar até onde eu estava, fiquei muito feliz e agradecida. Carinha gato que foi gentil, meu muito obrigada para você.
Depois começou o show do Nando Reis, foi frustante, triste. Era o que eu mais queria ver, o que eu sabia que iria me emocionar, o mais importante. E foi muito chato, o Nando me decepcionou, ele foi seco, quase rude. Aquela música que tanto me assustava,  que ia me fazer chorar, lembrar do passado e desejar não estar ali, tocou. All star soou nos meus ouvidos e algo incrível aconteceu, não me senti mal como sempre me sinto, me permite cantar como se tivesse tirando um peso (na verdade uma história) das minhas costas, foi muito libertador!
E para fechar uma etapa e começar outra nada melhor do que terminar Nando Reis e começar Natiruts. E caramba Natiruts na minha opinião foi o melhor show que eu assisti, e assisti-los foi muito simbólico, porque saí da minha fase Nando Reis, melodramática, sofrível, para uma fase que estou vivendo agora, aquela sou mais eu, paz e amor, liberdade para dentro da cabeça que não poderia ser mais bem representada pelo show dos Natiruts! Cantei muito, ri, pulei, gritei e me senti feliz como a muito tempo não me sentia. E como eu disse no começo, os fantasmas retornaram, mas fantasmas nem sempre são ruins. Lembrei da minha viagem para o Chile, de uma balada furreca que fui com amigos e da gente cantando loucamente "Sorri, sou rei" no meio de um monte de chilenos bêbados. Me deu saudade, mas me deixou feliz!
E veio Legião Urbana, lembrei do meu irmão, queria muito que ele estivesse comigo (porque ele é fanático como eu), fiquei pensando na geração coca-cola, em como o tempo passa, as músicas mudam, mas as gerações continuam com os mesmos problemas... Saí político, entra político e a gente se pergunta ainda que país é esse? Não imaginava que veria um show do Legião e foi tão legal poder vê-los (pena que não pude ver, enquanto o Renato era vivo) que não tenho palavras para descrever.
E aí rolou tantos outros shows, lembranças, histórias que palavras não seriam suficientes! João Rock foi incrível e só me deu a certeza que a música move não só eu como uma multidão, e isso é indescritível. 

Tenho que agradecer uma pessoinha (que está na foto) que me convenceu a ir e que comprou meu convite antecipadamente! Miga Japa valeu! Obrigada por me convencer e por ser a amiga que tem tantos gostos parecidos que escolheu os mesmos shows que eu. E falando sobre a foto ela está horrível, sem qualidade (foto de celular), mas representa um pouquinho da minha felicidade e foi por isso que postei!

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Instagram que inspira- Meus 5 preferidos


Minha rede social preferida sem sobra de dúvidas é o instagram, perco muito tempo com ela e talvez por conta de saber que sou viciada, evito as outras redes sociais, não sou fã do Facebook e entro somente para responder as pessoas que me mandam mensagem por lá (as vezes demoro dias para responder) e para pegar documentos da faculdade que são postados no grupo da sala, o Snap abandonei a muito tempo e Twitter nunca cogitei ter mesmo. Meu amor pelo insta é tão grande que nem sei porque, acho que é a possibilidade de apreciar o artístico que muito dos feeds têm, mas um artístico que transpassa a arte e se implanta no dia-a-dia, no cotidiano, na simplicidade da vida. Gosto da ideia da nossa vida com um filtro do instagram (entendo que muitas pessoas mascaram sua vida com esse filtro, mas gosto da outra ideia de que algumas pessoas compartilhem o que há de mais bonito nas suas vidas e inspiram outras). Pensando nisso resolvi selecionar 5 feeds brasileiros que gosto muitão e amo deixar vários coraçãozinhos nas suas fotos!
  

1° Dele e Dela (@deleedelablog): Pensa num casal muito fofo, são os dois. O dele e dela retrata em fotos a vida da Isa e do Fê, as viagens, os restaurantes que frequentam, e todo o amor que compartilham, eles tem um blog também muito legal e adoro demais as postagens que são feitas com muito carinho, cuidado e dedicação por lá.


2° Tudo orna (@tudoorna): O feed mais bem cuidado que eu conheço desse mundo, o tudo orna é a junção de três irmãs talentosas, estilosas, organizadas e inspiradoras. Elas escrevem num blog, tem uma marca de bolsas e demonstram a partir de suas fotos o estilo de vida sustentável, minimalista e clean que colocam em prática no seus cotidianos. 


3° Isa Ribeiro (@ribeiro_isadora): Acho que o feed mais simples e mais amorzinho que sigo, a Isa é uma fotógrafa super talentosa, com um estilo de vida de dar inveja (uma inveja positiva), só admiro e babo nas suas fotos, ela tem um olhar incrível que perpassa sua casa (que é linda demais), seus cachorros e até a natureza e a cidade que são vistas por uma outra perspectiva. Amo seus coquês altos e suas botinhas de cano curto e claro seu feed!


4° Babi Cady (@babicady): O que falar de uma mulher corajosa que decidiu largar tudo e dar uma volta ao mundo sozinha? E além de dar uma volta ao mundo ela resolveu compartilhar tudinho com a gente e incentivar nós mulheres/meninas colocar a mochila nas costas também? Amo demais a Babi, ela é uma inspiração para mim e suas fotos me faz viajar sem sair do lugar. Já fui para Amazônia, para Colômbia, Cuba, México com ela e agora estamos juntas em Portugal!


5° Kalinka Cope (@kalinkacope): Por último mas não menos importante tem o insta da Kalinka, conheci a pouco tempo e já amo pakas, ela retrata em fotos sua vida em família e sua vivência como mãe de um menininho lindo chamado Luc que tem 3 anos. Super talentosa e com um olhar único, a delicadeza dela me comove e me tira suspiros, fora que tenho vontade de apertar as bochechas do Luc.

Extra: Eu por algum motivo fiz as contas erradas, não são 5 mas sim 6 feeds amados, queridos e seguidos por mim!


6° Day Trippers (@daytrippersbr): Um casal, um carro e o mundo, essa é a definição desse feed, faz três anos que a Isa e o Rafa viajam pelo mundo com um carro que eles nomearam de curumim, e eles vão registrando tudo para nós que vamos levando nossas vidas e tirando férias apenas duas vezes ao ano. Agora eles tão registrando a viagem pela África e o trabalho voluntário que andam fazendo por lá! Fotos incríveis! 

É isso, um registro do pouquinho do meu insta e do que acompanho todos os dias! Aceito dicas e sugestões de outros feeds que vocês curtem também <3.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Cajón del Maipo- Embalse el Yeso (Chile)


Até hoje eu tento encontrar palavras para descrever o que foi a experiência de ir para o Cajón del Maipo no Embalse el Yeso no Chile pertinho de Santiago. Me senti uma formiguinha, um pontinho no meio do nada e a sensação foi inexplicável. Esse foi o único passei que fiz com guia durante os 47 dias que viajei e se um dia voltar para lá, vou querer ir sozinha por conta própria. Por quê? Achei tudo tão corrido, não sei se foi por causa da empresa que eu fui ou se foi implicância minha (a verdade é que quando você viaja sozinho perde o costume de viajar com guias). Eu queria ficar apreciando o momento, eu queria tirar fotos, eu queria tanta coisa, mas logo eu tinha que entrar na van porque o guia ficava apressando a gente. Mas por mais que eu tenha implicado, indico ir com uma empresa se você não conhece nada (porque não tem sinalização nenhuma).
O passeio durou quase uma tarde, buscaram a gente cedinho as 7 horas da manhã e saímos de lá umas 16 horas (cheguei em Santiago umas 18 horas). Dicas que eu dou é levar um casaco corta vento, porque quando você chega no Embalse, vai estar frio e ventando muito (isso porque fui no verão, imagina no inverno), a segunda dica é levar um lanche porque lá não tem nada, absolutamente nada!

O passeio começou parando numa cidadezinha (tipo uma vila) chamada San José del Maipo onde compramos bebidas e frutas, foi lá perto que paramos também num lugarzinho lindinho para comer empanadas que estava muito gostosas e que eram assadas em forno a lenha.




Depois disso fomos andando, passamos por um túnel muito escuro, quase me deu claustrofobia (isso porque não tenho medo de escuro) dizem as lendas que era um túnel onde se praticava tortura na ditadura chilena por conta de ser isolado de tudo e vetado de som,,, Após essa pequena aventurazinha, a primeira parada foi numa pequena cachoeira que segundo os guias, as águas que caem é água de degelo. Seguimos viagem paramos num lugar onde tinha algumas casas abandonadas que serviram de moradia para trabalhadores na época da construção do Embalse el Yeso, que hoje é a o principal responsável por abastecer a cidade de Santiago.



E depois fomos em direção ao último destino, o enorme e impressionante Embalse! Encantador e foi lá que senti que poxa não somos nada nesse mundão... Uma mistura das cordilheiras, com as águas do Embalse e uma paz inexplicável.



Gosto dessa foto de cima, que mostra as pessoas pequeninhas lá no fundo, dando para ter uma noção do quanto é uma imensidão sem tamanho...




Super recomendo o passeio, se você tiver em Santiago não deixe de fazer,  é mais ou menos 2 horas de viagem e tem várias empresas que fazem o trajeto (procure bem, se informem antes e pesquise preços). Outro detalhe importante, é que dependendo dá época não consegue-se chegar no lugar por conta da neve assim o passeio é recomendado apenas de novembro a maio).

terça-feira, 31 de maio de 2016

Uma carta para nunca ser enviada


Ribeirão Preto, 18 de maio de 2016

Oi,

Sabe eu sempre escrevi muitos bilhetes e cartas que eu queria ter enviado e não enviei, a grande verdade é que sou uma pessoa medrosa que pensa muito e fala pouco, que sente muito, mas demonstra pouco, que ama muito e quase nunca pronuncia"eu te amo". Teve dois bilhetes que eu escrevi e deveria ter entregue, mas não fiz. E hoje me arrependo... Dois bilhetes para duas pessoas que eu amei muito. Um deles eu cheguei a quase entregar, e esse era para ter sido para você... Eu lembro certinho do papelzinho na minha mão e dos seus olhos me olhando, mas eu amassei discretamente antes que pudesse ver e coloquei no bolsa da calça. E três anos depois aqui estou eu escrevendo uma carta para você. E essa não é a primeira, eu tenho uma no meu diário, mas nunca tive coragem de te entregar, faltou coragem, faltou oportunidade. A segunda grande verdade é que escrevi tendo a certeza que nunca ia te entregar. Minha vida virou de ponta cabeça e hoje fico pensando o quanto seria engraçado ter te entregue tanto o bilhete quanto a carta. As vezes as coisas seriam diferentes hoje, provável que me entendesse melhor se soubesse dos meus sentimentos... Mas tudo bem, ficou no passado, um passado que eu acredito que foi bem resolvido. 
Todos meus amigos me falam que eu deveria dizer o que eu sinto para as pessoas que eu gosto, mas eu tenho uma besta mania de dizer isso só quando eu não gosto mais, com você foi assim... Na verdade não foi, porque diferente de tantas outras histórias mesmo depois de ter te superado, não tive a oportunidade de te dizer o quanto foi importante para mim, talvez essa carta seja para isso e acho que essa foi a primeira vez que assumi isso para mim mesma. Você foi importante para mim.  Me fez superar um par de all star, sorrir, entrar em parafuso, sentir ciúmes, chorar menos, lidar melhor com a perda, preencheu um vazio que estava lá me matando. Aprendi não prestar atenção nas aulas chatas, a sustentar um olhar e fingir que estudava matemática na biblioteca só para não precisar olhar para seus olhos. 
E engraçado que por mais que eu ache que você me deixou, dessa vez foi ao contrário, eu não te perdi, você que me perdeu. Cumpriu com nossa promessa silenciosa, diferente do outro não me abandonou, foi eu...Eu que fui embora, não me despedi, escolhi não fazer nada, não lutei, escolhi te esquecer... Talvez porque me senti culpada, eu não tinha superado minhas perdas e meus fantasmas, senti medo de você me deixar também, preferi te deixar primeiro, acho que não suportaria perder outra pessoa. Ou foi simplesmente porque como você pensava, eu deveria viver a faculdade e você o cursinho. Lembro do seu argumento de que não poderia me acompanhar, não queria me privar... Caraaamba como foi bobo, eu preferia mil vezes que ficássemos juntos do que frequentar mil festas de faculdade (das quais nunca frequentei), mas poxa, conseguiu me convencer e eu não quis te provar do contrário. Escolhi não argumentar, e essa escolha as vezes me persegue, porque queria ter te falado o quanto era importante para mim, que sofri em te deixar, eu queria ter argumentado. Queria saber se sofreu como eu, nunca soube, nunca permiti depois que falassem de você para mim.
Mas a vida passa e as palavras passam junto! E eu não falei o que precisava, você não falou o que precisava e nossas vidas seguiram para lugares diferentes, para pessoas diferentes, para universos distantes. E eu só queria te ver de novo, e eu só queria parar de te ver em outras pessoas, eu só queria conseguir te entregar essa carta que nunca vai ser entregue, ou um bilhete escrito "você foi importante para mim". A terceira grande verdade é que sinto saudade do que poderia ter sido, mas não foi. 
E eu nunca vou te enviar essa carta, assim como não enviei nem o bilhete nem a outra carta e sabe por que? Porque tenho medo do que poderia achar de tudo isso, de ter esquecido de mim e mais que isso tenho medo de a frase "você foi importante para mim" virar "você é importante para mim".
Seja feliz! Eu sempre quis e continuo querendo que seja, talvez esse que é o sentido dessa carta, dizer que eu me importo com você, me importo sim e torço para que esteja bem! Ainda mais agora que começou uma nova fase da sua vida, ainda mais agora que não tem um cursinho te impedindo de viver o que quiser, liberdade sempre foi uma coisa importante para mim e sei por algum motivo que para você também, afinal será um eterno sagitariano... Tenho certeza que nossas vidas seguiram rumos opostos e que somos felizes a nossas maneiras, a grande quarta verdade é que quero te encontrar no futuro e sorrir e a única mentira é que um dia vou te entregar essa carta e todas as outras que um dia escrevi para você. Porque não vou, e todo mundo que me conhece sabe o porque, afinal sou a pessoa mais orgulhosa desse mundo e desconfio que você também. 

Com amor, eu.

* Essa carta faz parte do "Desafio 12 cartas para 12 meses" que estou participando, um convite da linda da Paulinha do blog Utopia Concreta, no qual explica o projeto nesse post aqui. Essa é a terceira carta que escrevo e consiste em escrever uma carta para nunca ser enviada.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Crises existenciais!


Crises existenciais? Sim, crise existencial! Já teve uma? Acho que todo mundo têm, alguns têm mais constantemente outros são assombrados por esse mal raramente... Eu sou aquela pessoa que dificilmente estou de mal comigo mesmo, porém quando uma crise me pega me derruba tão fortemente que fico semanas mal, e quando digo é mal mesmo, as crises me afundam de uma tal maneira que acho que elas nunca vão passar e me sinto péssima, sem vontade de fazer nada, sem vontade de levantar da cama, sem vontade de viver (dramática, mas é a realidade)... 
Quando converso com as pessoas nessa fase o que elas mais querem é me tirar da fossa, ficam falando coisas motivacionais, falando que é momento e que vai passar e tem até aquele grupo que fala que estou fazendo tempestade no copo de água (eu sei que estou, a começar porque geralmente sou uma pessoa que estou quase sempre de bem com a vida e sei que não tenho sobre o que reclamar dela, ela é sempre muito justa comigo), mas poxa nenhuma dessas pessoas conseguem me tirar da bad com esses argumentos, não funciona e quase sempre me afundam mais ainda! Nesse mundo que vende a felicidade, esquecemos que ficar triste de vez em quando é normal.
Baseado disso resolvi escrever esse texto, para quem está com um amigo na fossa e para quem está na fossa também! Quem sabe você não consegue sair ou ajudar alguém (que tem um temperamento parecido com o meu) a sair da fossa? (Esse texto surgiu porque estive numa crise existencial terrível no mês passado do qual achei que nunca mais conseguiria me livrar, se algum amigo tiver lendo isso, saiba que agora estou bem e muito obrigada pela paciência e por me aguentar por essas 3 semanas intermináveis, eu sei que não foi fácil lidar com o meu humor nos últimos tempos).

Então vamos lá, primeiro vou elencar algumas coisas para gostaria de me lembrar de fazer quando tiver algum amigo em uma crise existencial:

1° Escute: Sim, uma pessoa quando está mal muitas vezes só quer conversar, por para fora todos os sentimentos. Se esse for o caso, escute, não interrompa, não questione muito e nem queria dar lição de moral, simplesmente esteja ali como um bom ouvinte. O contrário pode acontecer também, existem pessoas que não querem falar sobre o que estão passando, então não insista em saber o que está acontecendo, deixe aberto o espaço de acolhimento, mas não force a barra. Não enche a pessoa de perguntas, não seja curioso, o silêncio também é uma forma de ajudar.

2° Não queira dar soluções: Se tem uma coisa que me tira do sério é quando eu quero viver minha bad e alguém acha que pode salvar minha vida... Dê soluções apenas se elas forem pedidas, se a pessoa não te pediu soluções, é porque ela não chegou no estágio de querer resolver os seus conflitos (ok em alguns casos é importante dar um empurrãozinho), mas cuidado o que pode parecer fácil para você pode ser muito difícil para outra pessoa.

3° Sofra a bad junto: Para mim esse é o melhor item e o essencial! No lugar de querer tirar a pessoa da fossa e jogar na cara dela várias coisas, coloca-se no lugar de quem sofre, chore junto se necessário, seja empático e viva a crise e o momento junto com a pessoa (isso não quer dizer que você vai ficar na fossa na sua vida também), isso significa que você vai respeitar o processo do qual quem sofre está passando. 

Agora conselhos que costumo tentar lembrar quando estou tendo alguma crise.

1° Saiba que as bads não são problema são solução: Tudo muito ter esses momentos, tenha consciência que você não tem um problema por estar angustiado, sofrer é humano e por mais incrível que pareça, muitas vezes precisamos desses momentos para se conhecer e crescer. Faça da sua crise algo produtivo (parece idiota), mas sempre tento usar esses momentos para refletir (pensar dói muito) mas pode ser libertador também (se você fizer um bom trabalho).

2° Se permita fugir do mundo: Dê esse tempo para você, esqueça os outros, ser egoísta de vez em quando faz bem para alma. Se enrole no cobertor, deixe a cabeça no travesseiro, durma em posição fetal, se permita achar que é o maior sofredor do mundo, viva sua dor, chore.

3°Autoconhecimento: Depois desse momento, tente descobrir o porque se sente assim, tente perceber o que te aflige, o que você sente, o que angustia... Sabendo essas coisas talvez fique mais fácil sair desse pavoroso momento. Mas também não se cobre muito.

4° Faça coisas do qual você acredita: Aproveite esse momento para fazer coisas que você gosta, que te faz bem, para resgatar coisas que talvez estivessem escondidas, esquecidas. Se permita ler um livro (se você gostar de ler é claro), assistir um filme (se você gostar é claro), fazer o que te diverte! Uma hora você vai perceber que tem coisas muito legais das quais você gosta, mas muitas vezes nem dá o devido valor, se agarre a elas se necessário.

5° Mude: Se permita mudar, mudar coisas que você não gosta na sua vida.

6° Permita: A vida se encarrega de levar a crise embora, mas para isso você tem que permitir, então permita! Lembra que eu disse que toda bad é normal? Todo mundo sente? Que ela é responsável pelo nosso crescimento? Então faça dela um mecanismo de aprendizagem, usufrua dela, mas não deixe ela te fazer um refém. Não negue as coisas que podem te fazer feliz, as coisas não caem do céu também, então não fique esperando que algo ou alguém vai surgir para te fazer feliz, é você que tem que correr atrás disso...

Só para terminar,  isso NÃO é um manual! Nem sei se funcionária para alguém! São apenas coisas que servem para mim e que me ajudaram nos últimos dias (não tem nada de científico), são ideias que escrevi para mim mesma para ler quando outra crise me pegar novamente e que pode ajudar as pessoas que estão passando por uma a refletir sobre esses tópicos.

Aceito dicas e conselhos de outras pessoas que já passaram por isso também...