sábado, 10 de dezembro de 2016

Seria uma Fortaleza? (Em fotos)

Fiquei pensando sobre o que postar e não consegui me decidir... As vezes fico pensando que ando falando muito sobre viagens e isso é muito chato, mas aí também acho que estou falando demais da minha vida e também acho sem graça, pensei em escrever outro texto aleatório só que iria ficar repetitivo... Acho que não sei mais sobre que assunto falar. Minhas férias começaram e caramba estou absurdamente feliz, as semanas pesadas ficaram para trás e um alivio me invadiu! Estou olhando para árvore de natal e pensando quando vamos enfeitá-la (sim parece bizarro, mas ela tá montada na sala daqui de casa sem nenhum enfeite e já faz duas semanas), também penso em todas as coisas que falei que vou fazer nas férias e sobre o quanto estou feliz por poder acordar tarde... Junto com isso estou achando engraçado pensar no que será o ano que vem. Enquanto ano que vem não chega e eu não me decido sobre o que escrever, vou parar de enrolar e deixar uma fotos da minha última viagem aqui, queria escrever um texto sobre ela, acho que vou fazer isso, quem sabe eu não posto depois?
As fotos são de Fortaleza e as últimas são de Canoa Quebrada que fica pertinho de Fortaleza, gostei muito e se pudesse ficaria um década por lá <3









domingo, 27 de novembro de 2016

O eu te amo de João e Maria


O gritou ecoou. Eu te amo, porra. Ela só escutou o porra... Ele vinha contando todas as suas tentativas de falar eu te amo, ao todo já tinham sido 25. 25 fracassos, 25 vezes que o coração dele batia tão forte que parecia que iria explodir, 25 vezes que quase foi, mas não foi. Ele se chama João. Ela se chama Maria. Eles são amigos. E você conhece essa história melhor do que ninguém. É a típica história de dois amigos que se apaixonam. O medo das coisas se misturarem, de estragar a amizade, de ser o trouxa que ama sozinho. Ao mesmo tempo o sentimento de sofrer, sofrer por não querer se afastar mas ao mesmo tempo em precisar se afastar porque doí muito estar toda hora junto. 
Maria tinha a besta mania de se apaixonar por amigos, era aquela coisa idiota de ser só amigos e quando ela percebe está sofrendo horrores, ela só não quer isso de novo para sua vida... Talvez ela tenha escutado o eu te amo de João, mas preferiu fingir que só tinha ouvido o porra... O grito continua ecoando...

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Turbilhão em bolhas de sabão...


Minha cabeça está um turbilhão (me pergunto porque vou escrever tudo isso aqui. Se eu estivesse escrevendo em um diário certamente esse seria um dos textos desabafos de lá, mas faz 8 meses que parei de escrever  e agora por força do hábito resolvi escrever aqui o que escreveria lá, não sei se é uma boa ideia, primeiro porque provavelmente eu não vou publicar e a segunda é porque tenho a sensação que ao escrever no diário estaria guardado para todo sempre e aqui não, o virtual é tão mutável e tão mais fácil de se perder, só eu tenho essa sensação? As vezes tenho vontade de ler conversas que tive por MSN e não tenho mais o histórico, daí penso que se eu trocasse cartas não teria esse problema, ou teria porque provavelmente só teria as cartas recebidas e não as escritas... devaneios,.. te pediria desculpas por eles, mas esse texto é só para mim mesmo, então não vou pedir...) 
Sobre o turbilhão, não sei o que aconteceu, mas um tsunami passou por aqui durante um dia(zinho) comum, que tinha tudo para ser um dia como qualquer outro e não foi... E desde aquele dia as coisas se transformaram em uma grande catástrofe... Está tudo quebrado dentro de mim, devastado, machucado e agora é como se eu tivesse decretado estado de emergência e precisasse levantar, limpar os entulhos e me reconstruir. (Porque é tão difícil escolher? Tomar um decisão e não outra é sempre um grande problema na minha vida... Eu nunca gostei de perder oportunidades, eu quero agarrar o mundo e talvez seja por isso que é tão complicado para mim ter que optar por uma coisa ou outra... Devaneios de novo)
Nesse nevoeiro de segredos revelados, histórias nunca antes ditas, situações que eu não sei lidar, a angustia me pegou de uma tal maneira e eu percebi que preciso me reinventar, fico pensando como uma história de outra pessoa totalmente alheia a gente pode repercutir tanto em nossa vida? As histórias de pacientes, amigos, família, todas elas se misturaram numa só semana e eu me vi nessas histórias de uma forma tão absurda que entrei num estado de calamidade, acho que agora entendo porque dizem que psicólogos tem que fazer terapia, lidar com os problemas dos outros não é nada fácil, eles te consomem, você se identifica, sofre e muitas vezes o problema do outro afeta a sua vida de uma forma que você não tem o menor controle, pelo menos é o que está acontecendo comigo nesses últimos dias... Um segredo de alguém, me fez descobrir um segredo de outro alguém importante para mim, esse segredo de outro alguém repercutiu na minha vida de uma tal maneira que agora muitos pontos fazem sentido, porém eu não estou sabendo digeri-los... Paralelo a isso o destino me fez assistir um filme super problemático que me deixou mais estabilizada ainda, juntando tudo isso tive um insght da minha própria vida fazendo supervisão de um caso clínico de uma paciente e juntando tudo isso tenho duas decisões importantes para tomar, preciso decidir quais estágios vou querer fazer ano que vem e preciso tomar vergonha na cara e dar uma resposta para outra pessoa que devo uma satisfação... Isso seria muito pouco se junto ainda não tivesse uma infinidade de problemas para serem resolvidos no projeto social do qual eu participo (que resolveu dar tudo errado nessas duas últimas semanas) ou se eu não estivesse em fim de semestre com mil trabalhos para entregar,incluindo a defesa da minha monografia e um trabalho assustador sobre abuso e violência doméstica em uma criança (que me faz chorar todas as vezes que penso nele)...
A resposta é meio obvia, em meio a essa maré de problemas, acaba que só resolvo os problemas dos outros e os meus ficam estagnados,  eu mal tenho tempo para parar, respirar e decidir o que fazer, fico sempre em segundo plano e enquanto estou estagnada aqui, os sentimentos estão virando grande bolhas, bolhas que poderiam ser leves como bolhas de sabão, mas essas não são, elas são de chumbo, ou melhor são ácidas, me corroem de pouquinho em pouquinho, me machucam, me causam dor, me assustam, me amedrontam... Mas acho que elas são importantes para me fazer crescer, me fortalecer... 
Depois de ler o que escrevi até aqui, cheguei a uma única conclusão: Resolvi desacelerar, respirar fundo e manter a fé nessa vida e nessa Bianca que está se constituindo em meio ao caos, porque parece que não mas depois de toda tempestade vem a calmaria não vem? Sempre soube que escrever é terapêutico, me sinto bem melhor agora... 

domingo, 13 de novembro de 2016

Fotos: De buenas em Buenos...


A Argentina e eu temos uma história tão complicada de amor que eu não sei lidar... Em menos de um ano eu tive a oportunidade de voltar nessa terrinha que me ensinou e me possibilitou amadurecer tanto no período do meu intercâmbio. Setembro reuni minhas coisinhas e voltei para lá por uma semana, para matar a saudade de tomar água saborizada de maçã, comer empanadas, dulce de leche e falar meu espanhol que as vezes desconfio que é mais portunhol do que espanhol. Só de lembrar meu coração aperta de saudade, as vezes desconfio que tenho uma relação meio mística com esse país... Resolvi compartilhar umas fotinhas que tirei de alguns lugares turísticos do qual visitei nessa última vez, em Buenos Aieres, quem me conhece sabe que não sou fã de capitais, prefiro cidades menores, porém não sei o que aconteceu que voltei mais apaixonada ainda de Buenos e certamente não me incomodei com o fato dela ser uma capital, nem de ser uma cidade grande, até cogito passar uma temporada maior por lá, quem sabe um dia...








Mal passou o tempo e já estou com uma saudade imensa...

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Não existe amor em SP


Eu passei uma semana em São Paulo, já tinha ido para lá, mas nunca para conhecer a cidade realmente, sempre tive uma ideia romantizada da grande metrópole, a cidade cultural, cheia de possibilidades e histórias, recheada de pessoas e lugares. Mas não foi essa cidade que conheci, São Paulo me causou um conjunto de sentimentos contraditórios que beiraram da angustia ao desespero. Não quero negar que existe um lugar bonito, cheio de manifestações culturais geniais, que existem pessoas que se amam e oportunidades únicas, não quero que ninguém me massacre e me julgue por eu dizer que não gostei de SP, enxerguei o belo que existe lá, mas ele não foi suficiente para mim. Mesmo sabendo de todas as coisas boas, as coisas ruins não me permitiram deixar de lado, as sensações obscuras que tive nesses 7 dias. As pessoas correndo como robozinhos no metro, se empurrando, olhando para os pés, aquela não troca de olhar, homens e mulheres se movimentando no automático, quase sempre com pressa. Os mendigos na rua, a pobreza disparada, deixada ali a olho nu e cru para qualquer um ver e no meio disso as ilhas perdidas (bairros e ruas exclusivas) que afastam essa pobreza, a contradição, a desigualdade que tenta soar de forma invisível. As pessoas se acostumaram com crianças pedindo dinheiro, com a correria da vida, com andar mecanicamente pelos mesmos lugares, em aguentar trafego constante ou aturar 2 horas no transporte público para trabalhar ou para voltar a noite cansado para casa. Todos meus amigos me disseram que era falta de costume, que eu precisava de um tempo de adaptação, mas isso era o que não queria, fiquei com medo de realmente me acostumar com tudo aquilo  que eu acho triste e errado, fiquei aborrecida em perceber que certamente se eu passasse ali mais tempo eu iria normalizar tudo aquilo que pareceu assustador aos meus olhos. Nunca na minha vida uma música fez tanto sentido, até essa semana não tinha levado a sério o Criolo com sua música " Não existe amor em SP", mas na minha cabeça ela é a maior definição de São Paulo, é um retrato fiel do que eu senti ao pisar lá, foi a trilha sonora dessa minha experiência.
Saí de São Paulo satisfeita, não por causa de toda a pobreza que vislumbrei, nem por causa de toda a cultura que adquiri, mas sim pela a viagem de autoconhecimento que a experiência me proporcionou, descobri algumas coisas que eu não sabia sobre mim mesma. Não tenho perfil para morar numa metrópole, sou mais sensível do que imagino e agora sei mais sobre mim, sobre meus roteiros de viagem e tudo isso me possibilitou também uma viagem interior, que me mostrou sentimentos, sensações e vontades antes não exploradas. 
SP valeu apena, na cidade pode não existir amor, mas em todos os dias que fiquei lá existiu amor dos meus amigos. Fiquei com pessoas incríveis, visitei lugares únicos e matei a saudade de amigas especiais que fizeram do meu intercâmbio no começo do ano, um grande sonho.  
Ficou uma única dúvida: Será Criolo que "não precisa sofrer para saber o que é melhor para você"?