domingo, 5 de março de 2017

Geleia no verão


Ela ficou na cama o dia inteiro, ouvindo a chuvinha de verão bater na sua janela, assistiu alguns filmes enrolada nas cobertas, depois leu algumas páginas do seu livro de cabeceira. Levantou e já passava das quatro da tarde, se olhou no espelho para praguejar sobre uma espinha no queixo. Estava radiante, todos diziam que aqueles meses a fizeram bem, seus cabelos estavam pretos, suas pernas longas estavam definidas e havia tomado sol de verão. O que ninguém sabia era que estava despedaçada por dentro. 
Pensou em vestir um shorts, desistiu, ficou só de calcinha e com uma camiseta que quase ia aos joelhos. Fez um coque no alto da cabeça, foi para o banheiro lavou o rosto, escovou os dentes e encarou de novo a espinha, mentalmente agradeceu por não ter que sair de casa e nem precisar passar corretivo (Padrões fúteis de beleza). Colocou os óculos de armação pretos, sua miopia beirava os 5 graus, se sentiu triste por não enxergar como todo mundo. 
Saiu andando descalça em passos lentos para a cozinha, fez pão na frigideira e chá mate. Tentou sem sucesso abrir o pote de geleia de framboesa, não conseguiu... Se sentiu fraca... Ficou com vontade de chorar, não tinha ninguém em casa para abrir para ela, estava sozinha... De repente teve uma súbita crise de riso, era tão idiota sentir vontade de chorar por não conseguir abrir um pote de geleia, ela se sentiu boba. Maldita TPM. 
Comeu em silêncio. Cansou do silêncio. Resolveu colocar música. Silva começou a tocar. "Eu sempre quis dizer" invadiu a cozinha. Ela gostava dessa música, lembrava do dia que um alguém tinha cantado para ela em seus ouvidos, foi em 2015, 4 dias depois do seu aniversário. Eles eram amigos e na época ela muito burra não entendeu nada (Lerda). Deu um sorriso pequeno e agradeceu por ele ter esperado pacientemente por um ano para que ela entendesse o que aquilo significava. 
Talvez se ela ligasse para ele agora, certamente ele poderia vir abrir o pote de geleia para ela, mas achou melhor aprender a abri-lo sozinha. Respirou fundo, comeu o pão torrado com manteiga mesmo e mandou uma mensagem por whatsapp dizendo: "Querer não é amar, mas é sempre um bom começo..." Ele pareceu chocado e respondeu: "Eu quis tanto ter você, quando você não me quis, e agora a gente é feliz e ponto". Ela acha que Silva virou trilha sonora oficial da história dos dois... Não sabe se ri ou se chora. Ela coloca a culpa na TPM e não no coração partido.  

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Recomeçar, oh palavrinha difícil.

Recomeçar, oh palavrinha difícil. Essa semana eu perdi uma pasta de fotos e não foi qualquer pasta foi a pasta de hospedagem de imagens do blog que ficava salva no google fotos/ google drive/ picasa. Até agora eu não sei bem o que aconteceu e desencanei de tentar entender. Só sei que foi impossível recuperá-las e que TODAS as fotos do blog desde 2012 SUMIRAM, inclusive os layouts antigos que ficavam salvos nessa pasta também. 
Com essa perca pensei em desistir do blog, a princípio achei que era o destino me mandando uma mensagem, porque esse ano comecei a estagiar na faculdade e já vinha há um tempo pensando em desativar o blog por causa disso, mas não tinha coragem (infelizmente minha profissão exige um certo distanciamento e privacidade). Não é atoa que andei fazendo algumas alterações no meu perfil por exemplo... 
Pois bem como podem ver eu não desisti, estou aqui. Quando percebi que tinha perdido todas as fotos de imediato não fiz nada, pensei em chorar, mas sabia que nada iria adiantar, respirei fundo e segui em frente, porém dois dias depois ao abrir o blog descobri que todas as fotos tinham desaparecido e fiquei paralisada ao ver ele todo branco. Foi aí que a ficha caiu, senti dor, desidratei de tanto chorar, me permiti fazer drama mesmo sabendo que não ia adiantar nada! Foram 5 anos de história apagados e quem me conhece sabe que sou uma pessoa extremamente apegada a lembranças. Resolvi desistir, mas depois ponderando essa decisão percebi o quanto esse espaço é/foi importante para mim, queira ou não ele é parte da minha vida e perder as fotos me fez perceber isso. 
Não vou parar, ainda não sei direito o que vou fazer, devagar estou tentando voltar as fotos no lugar (é um trabalho exaustivo procurar e colocar foto por foto) além disso quando chegar em meados de 2014 eu provavelmente não vou ter mais backups das imagens, estou me esforçando para resgatar o máximo possível.
Com esse episódio aprendi algumas lições, inclusive percebi uma coisa importante, não tem porque esconder parte de mim e tampouco desistir e excluir tudo isso por causa dos meus estágios, afinal essa sou eu, tenho meus medos, inseguranças, dúvidas e opiniões como qualquer outra pessoa (sou humana) e além disso nem sei ainda se vou seguir a psicologia como profissão, é bem provável que não, então acredito que deixar de escrever é me precipitar sem necessidade. 
Esse texto era mais um desabafo e tinha como objetivo sinalizar que o blog está cheio de imagens faltando e que se alguém entrar por aqui e vê-lo assim entenda o que aconteceu. Estou recomeçando, não está sendo fácil, mas estou tentando e até que está sendo legal. 
Acho que esse texto pode ser um pouco motivacional/ auto ajuda também, recomeçar é sempre difícil mas ao mesmo tempo muitas vezes é necessário. Doí perceber que tudo na nossa vida é volátil, que podemos perder tudo em um piscar de olhos e que não temos controle sobre nada. Porém saber perder é um grande aprendizado, pelo menos esse episódio de perda me fez me sentir na primeira série aprendendo a escrever de letra cursiva, a gente quebra a cara, mas quando vê tá escrevendo tudo de novo e bonitinho. 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Colônia del Sacramento- Uruguai (Em fotos)


Estou tentando arrumar minhas milhares de pastas de fotos nessas férias, confesso que sou a pessoa mais preguiçosa do mundo e não tenho a miníma vontade de organizá-las mais que isso eu queria separar algumas para revelar mas também não é meu forte escolher, porque eu quero revelar todas! Percebi que se eu publico aqui coisas que eu preciso fazer, parece que realmente começo a fazê-las então acho que é por isso que estou escrevendo que vou organizá-las para montar um álbum, quem sabe assim eu realmente não tomo vergonha na cara e faço né? (Depois se eu conseguir posso compartilhar meu álbum por aqui). Mas pois bem, nessa tentativa de arrumação, lembrei de umas fotos de quando eu viajei para Buenos Aires, quando eu fui para lá eu aproveitei que estava pertinho e fui para o Uruguai também pensando nisso resolvi publicar as minhas preferidas do Uruguai, elas são de Colônia Del Sacramento uma cidadezinha com um centro histórico amorzinho, charmosa, que parece que parou no tempo. Ela foi marcada pelas disputas de Portugal e Espanha e por isso tem traços em sua arquitetura dos dois países!











Não dá vontade de morar nesse lugar? Talvez eu ia morrer de tédio e de saudade de Guaraná Antártica e de arroz, mas se me convidassem eu super toparia passar uma temporada de verão por lá. E sabe o que é mais legal? Que eu realizei um sonho, meu professor de história no primeiro colegial falou que o por do sol que morria no Rio da Prata era um dos mais bonitos! E desde aquela época estava na minha listinha de sonhos ver o por do sol no Uruguai morrendo no rio que parece mar, mas juro é rio! E sério foi bem lindão! Fiquei encantada! Eu sei que ficaram mil fotos, mas te garanto que eu fui bem sucinta na seleção!  

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O que você compraria se ganhasse na loteria?


Esse é mais um post da Blogagem Coletiva! E gostei muito desse tema, porque desejo tantas coisas no mundo e o que desejamos diz muito do que somos, não é mesmo?
A primeira coisa que eu gostaria de compartilhar é que realmente não acredito em loteria! Você nunca vai me ver jogando na Mega Sena e de verdade não consigo me imaginar ficando rica da noite para o dia. Mas nada me impede de sonhar com vários itens que eu gostaria de ter caso eu ganhasse. Bom essa é a lista de itens que compraria.

1. Comprar uma fazenda/ Sítio/ Rancho: Meus pais gostam de terra, de natureza e de tranquilidade! Como eles me sustentaram a maior parte do tempo e sempre fizeram tudo por mim, acho que seria muito justo realizar um sonho deles. Apesar que eu estaria realizando um sonho meu também, porque gosto da ideia de ter uma casa de campo para passar as férias, finais de semana prolongados e afins. Além disso gosto de andar de cavalo, andar descalça na terra, comer verduras e frutas sem agrotóxico, dormir com o barulhinho de grilos, acordar com os galos cantando e respirar ar puro.

2. Comprar todos os livros que eu desejo: Aqui em casa temos um combinado que eu só posso comprar livros depois de vários meses pós lançamento que é quando eles já estão mais baratos (Esse combinado surgiu numa época que eu lia muito e meu pai comprava mais de 15 livros por mês para mim). Se eu fosse rica certamente compraria todos os livros que eu quisesse sem olhar preços. Inclusive me daria de presente o Livro Vermelho do Jung, que é meu sonho de consumo, mas sempre que penso em comprá-lo penso que posso gastar o dinheiro em uma passagem de avião.

3. Falando em avião, com certeza eu investiria boa parte do meu dinheiro em passagens áreas e itens para realizar viagens. Faria um mochilão pelo mundo sem tempo determinado para voltar (Não que eu precisasse de muito dinheiro para isso), mas com dinheiro não precisaria me preocupar com trabalhos e nem em economizar tendo que viver na miséria durante a viagem. 

4. Construir uma ONG: Esse é um dos meus projetos a longo prazo tendo ganhado na loteria ou não. Ter um lugarzinho especial para acolher crianças desse mundão que precisam de suporte, educação e amor. Iria querer uma casa recheada de espaços, com uma sala de leitura, uma brinquedoteca, uma horta, um espaço para brincadeiras ao ar livre, salas de tecnologia, salas de danças, um anfiteatro, uma área com cama elástica e muitas outras coisas. Além desse espaço ser uma ONG eu morro de vontade que também fosse um espaço de formação, educação e trocas de saberes, em que pessoas de diferentes classes, formações e realidades pudessem se reunir para workshops, cursos, reuniões e projetos criativos. 

5. Eu certamente compraria ações, para investir meu dinheiro e continuar ganhando mais ainda.

6. Investiria em um próprio negócio também. Talvez uma marca de roupas, sempre tive vontade de ter uma loja com as roupas que eu sempre quis ter, mas que tivessem uma produção própria, sustentável, consciente. Ah e acho que iria querer também lançar uma coleção de sapatos (Minha avó trabalhou em uma fábrica de sapatos quando solteira e existem vários modelos que ela costurava que eu gostaria de relançar, tipo uma coleção: Túnel do tempo).  

Tentei pensar em mais coisas, mas não consigo imaginar mais nada. Eu nunca fui muito ambiciosa e desde pequena meus pais me ensinaram a não dar muito valor a bens materiais. Talvez se eu ganhasse na loteria poderia ter uma vida mais luxuosa, gastar com coisas confortáveis e obter objetos de desejo (tipo um guarda-roupa com aquelas peças luxos que eu dou pin no pinterst ou uma internet com velocidade foda) seria bem bom, mas eu sei que independente disso, seria muito feliz sendo rica ou não, ao levar a sério a ideia de que sempre precisamos almejar o necessário para uma boa qualidade de vida e não os bens materiais que a mídia nos diz que precisamos. 

Essa postagem faz parte da Blogagem Coletiva do mês de fevereiro no qual os seguinte blogs estão participando:Sentimentos ApuradosBlog RadioativaBlog do Deivy, At daytime, crazy at night  e Shiny Bubbles 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O desejo de viajar!


Fiquei pensando esses dias de onde surgiu o desejo de viajar, da onde surgiu essa vontade louca que me domina ultimamente de querer sair conhecendo o mundo... E aí refletindo sobre tudo isso comecei a pensar que devo alguns agradecimentos a pessoas que influenciaram direta e indiretamente o que chamo de "processo de descobrir o que é a arte de viajar". 
Confesso que essa vontade é recente, nunca fui uma adolescente que se interessou pelo assunto, lembro que não cogitei nem um minuto em escolher uma festa de quinze anos no lugar de uma viagem para disney. Todos os meus colegas de ensino médio viajavam para o Estados Unidos nas férias (eu não tinha aquela vontade imensa de hoje para conhecer outros países) e eu não fui em nenhuma excursão que minha escola organizava. Ainda não sei ao certo quando foi que uma luzinha na minha cabeça se iluminou e eu quis desbravar o mundo e hoje agradeço muito por ela ter se acendido. 
Acredito que foi um processo, uma vontade que se iniciou sabe-se lá porque e foi tomando força ao longo dos anos sem que sequer eu percebesse. As vezes fico pensando se sempre tive esse desejo, mas ele estava inconsciente, adormecido, escondido e a vida fez com que o mesmo viesse a tona atualmente ou se simplesmente as experiências e pessoas ao meu redor foram me influenciando e me levando para essa realidade. Seja como for, existiram pessoas que lapidaram esse meu desejo, como se lapida diamantes contribuindo para essa vontade só aumentar. 
Que eu tenho consciência, as duas primeiras pessoas que contribuíram com esse processo foram duas meninas da qual nem conheço que foram numa Semana da Psicologia da qual participei e falaram sobre a experiência delas em ir para África fazer trabalho voluntário, lembro que na época as achei loucas e pensei o que se passava na cabeça de um brasileiro que saia do seu país para ajudar outras pessoas, sendo que aqui no Brasil, na minha própria cidade, mas especificamente no meu bairro tinha uma monte de gente que precisava de ajuda. Mesmo que na época eu não dei a mínima para o que elas falavam, hoje as agradeço, porque quando surgiu a oportunidade de fazer um voluntariado em outro país me lembrei delas e das coisas legais que elas contaram naquele dia.
Outra pessoa importantíssima nessa história foi uma colega que estudou comigo no primeiro ano da faculdade, se chama Carol (nunca mais ouvi sobre ela, não tenho notícias suas e ela mal sabe o quanto foi importante para mim), Carol foi uma pessoa corajosa, ela abandonou o curso de Psicologia na USP em 2014 para fazer um mochilão pelo Brasil e hoje refletindo admiro muito sua atitude. Mas lembro que quando descobri que ela tinha trancado o curso por causa disso, a achei louca, irresponsável, não só eu tive essa reação como vários outros amigos, mas mesmo assim no fundinho lembro de querer ter sua coragem e mais que isso de querer ser louca como ela, dar o foda-se e deixar tudo para trás. A quarta pessoa importante foi minha amiga Amanda da faculdade também, um dia, no começo de 2015, estávamos conversando sobre o ato da Carol e ela disse que jamais se imaginava fazendo aquilo, que ela queria se formar, arrumar um emprego e deixar para viajar nas férias. Parece bobo mas naquela hora uma coisa bateu na minha mente e eu só tive a certeza que não queria ser como a Amanda, fiquei muito confusa porque nessa época eu também não queria ser como a Carol (afinal eu como já disse a achava louca), mas foi a partir dessa conversa que algo se despertou em mim, era como se talvez eu precisasse me descobrir ou se pelo menos a minha opinião sobre a atitude da Carol começasse a mudar.
E eu comecei a me descobrir mesmo, porque no final do semestre de 2015 me inscrevi para apresentar trabalhos científicos em dois congressos em cidades diferentes (acho que foi o jeito que encontrei para viajar). Agora lembrando eu nem sei porque quis ir nos congressos, mas a vontade de ir em um deles foi tão espontânea, não tive nenhuma motivação específica, minha professora orientadora estava na sala dela falando do congresso e eu ouvi, fiquei interessada, entrei no google e resolvi que queria ir, fui perguntar para minha professora se era aberto para qualquer um e ela disse que eu podia apresentar se quisesse, não pensei duas vezes. Importante ressaltar que meus pais foram e ainda são figuras importantes nesse processo, eles nunca viajaram muito, mas sempre me incentivaram a viajar, então acho que eles também entram nessa lista.
Mas voltando a falar das viagens que aconteceram por causa dos congressos, não tem como eu descrever o quanto elas foram importantes para dar aquele empurrãozinho que faltava para eu descobrir que queria muito mesmo viajar. Eu descobri que o Brasil era muito grande, que tinha muita coisa para eu ver e que não queria morrer sem conhecer. 
A sétima pessoa que conheci eu não lembro o nome, participou e palestrou num encontro de educação que eu ajudei a organizar. Fiquei encantada pelo cara, sua palestra foi sobre uma volta pelo mundo que tinha feito e as experiência profissionais que ele adquiriu, lembro dele mostrando as fotos da sua viagem que envolveu desde a Amazônia até a Índia. Eu tinha acabado de chegar de Pirenópolis, tinha acabado de andar de avião pela primeira vez, várias coisas borbulhavam na minha cabeça e poxa ouvir que ele tinha dado uma volta ao mundo e que tinha sido maneiro, já não foi tão assustador quanto ouvir que a Carol ia dar uma volta pelo Brasil, não sei se eu já estava mais acostumada com a ideia, se estava contagiada porque tinha voltado de uma viagem e entendia um pouco o que era a sensação de se entregar a lugares desconhecidos ou se simplesmente me permiti a aceitar aquele ladinho meu que admirava as pessoas que viajavam. Sei que por algum motivo aquela palestra foi um divisor de águas na minha vida, já não tinha preconceito com quem largava tudo para viajar.
A oitava pessoa que contribuiu muito para o processo realmente se expandir foi a Lari, minha amiga também da faculdade, ela estava na AIESEC, e estava numa área responsável por enviar intercambistas para outros países e naquela coisa de precisar cumprir metas, ela me convenceu a ir conhecer um projeto (a Lari era muito marketeira), hoje só tenho agradecer a ela, primeiro por ser marketeira, por me dar ferramentas para algo que eu vinha querendo, mas não sabia como realizar (que era viajar para outro país) e segundo por junto comigo procurar países, projetos, cidades, documentos e me ajudar a concretizar uma viagem do qual nem sabia direito que eu desejava e que realizei. 
A nona pessoa que eu conheci e faz parte dessa história foi um belga que encontrei num hostel do Chile (ele se chamava Nicolas e não sei porque não trocamos contato...). O achei muito parecido comigo em vários aspectos e fazia 7 meses que o menino estava viajando pelo mundo, então pensei se ele pode por que eu não posso também? Me peguei falando, caramba quero ser como o Nicolas. E o milagre aconteceu, porque essa foi a primeira vez que aconteceu o movimento de deixar de simplesmente achar legal aquelas pessoas que viajavam o mundo para querer ser uma dessas pessoas que viajam o mundo. Brinco que faltava aquela tal de identificação sabe? Quando encontrei alguém parecido comigo que fazia isso, percebi que eu podia fazer também, idiota né?
Acho que a décima e não menos importante pessoa foi um personagem chamado Chris de um filme... Alguém aí já assistiu Na Natureza Selvagem? (Fiquei numa bad monstruosa depois de assistir). Lógico que eu diferente dele, não sou tão radical e não conseguiria me imaginar indo para um lugar para ficar completamente sozinha, pessoas são importantes para mim, como podem ver com esse texto. Mas hoje eu consigo entender o que motivava ele a viajar, o que motiva milhares de pessoas a colocar a mochila nas costas e mais que isso, hoje entendo porque o meu eu do passado achava que as pessoas que viajam eram loucas, era porque simplesmente nunca tinha tido a experiência de viajar antes e não sabia o que viajar proporciona para nós meros humanos.
Encerro aqui... Só queria terminar dizendo que esse texto era simplesmente para agradecer as pessoas que fizeram parte desse processo, tem tantas outras que também me ajudaram, me apoiaram e estiveram comigo que eu não citei aqui, mas sou profundamente grata. Valeu pessoas! E agora vamos programar nossa próxima viagem por favor!