terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O que você compraria se ganhasse na loteria?


Esse é mais um post da Blogagem Coletiva! E gostei muito desse tema, porque desejo tantas coisas no mundo e o que desejamos diz muito do que somos, não é mesmo?
A primeira coisa que eu gostaria de compartilhar é que realmente não acredito em loteria! Você nunca vai me ver jogando na Mega Sena e de verdade não consigo me imaginar ficando rica da noite para o dia. Mas nada me impede de sonhar com vários itens que eu gostaria de ter caso eu ganhasse. Bom essa é a lista de itens que compraria.

1. Comprar uma fazenda/ Sítio/ Rancho: Meus pais gostam de terra, de natureza e de tranquilidade! Como eles me sustentaram a maior parte do tempo e sempre fizeram tudo por mim, acho que seria muito justo realizar um sonho deles. Apesar que eu estaria realizando um sonho meu também, porque gosto da ideia de ter uma casa de campo para passar as férias, finais de semana prolongados e afins. Além disso gosto de andar de cavalo, andar descalça na terra, comer verduras e frutas sem agrotóxico, dormir com o barulhinho de grilos, acordar com os galos cantando e respirar ar puro.

2. Comprar todos os livros que eu desejo: Aqui em casa temos um combinado que eu só posso comprar livros depois de vários meses pós lançamento que é quando eles já estão mais baratos (Esse combinado surgiu numa época que eu lia muito e meu pai comprava mais de 15 livros por mês para mim). Se eu fosse rica certamente compraria todos os livros que eu quisesse sem olhar preços. Inclusive me daria de presente o Livro Vermelho do Jung, que é meu sonho de consumo, mas sempre que penso em comprá-lo penso que posso gastar o dinheiro em uma passagem de avião.

3. Falando em avião, com certeza eu investiria boa parte do meu dinheiro em passagens áreas e itens para realizar viagens. Faria um mochilão pelo mundo sem tempo determinado para voltar (Não que eu precisasse de muito dinheiro para isso), mas com dinheiro não precisaria me preocupar com trabalhos e nem em economizar tendo que viver na miséria durante a viagem. 

4. Construir uma ONG: Esse é um dos meus projetos a longo prazo tendo ganhado na loteria ou não. Ter um lugarzinho especial para acolher crianças desse mundão que precisam de suporte, educação e amor. Iria querer uma casa recheada de espaços, com uma sala de leitura, uma brinquedoteca, uma horta, um espaço para brincadeiras ao ar livre, salas de tecnologia, salas de danças, um anfiteatro, uma área com cama elástica e muitas outras coisas. Além desse espaço ser uma ONG eu morro de vontade que também fosse um espaço de formação, educação e trocas de saberes, em que pessoas de diferentes classes, formações e realidades pudessem se reunir para workshops, cursos, reuniões e projetos criativos. 

5. Eu certamente compraria ações, para investir meu dinheiro e continuar ganhando mais ainda.

6. Investiria em um próprio negócio também. Talvez uma marca de roupas, sempre tive vontade de ter uma loja com as roupas que eu sempre quis ter, mas que tivessem uma produção própria, sustentável, consciente. Ah e acho que iria querer também lançar uma coleção de sapatos (Minha avó trabalhou em uma fábrica de sapatos quando solteira e existem vários modelos que ela costurava que eu gostaria de relançar, tipo uma coleção: Túnel do tempo).  

Tentei pensar em mais coisas, mas não consigo imaginar mais nada. Eu nunca fui muito ambiciosa e desde pequena meus pais me ensinaram a não dar muito valor a bens materiais. Talvez se eu ganhasse na loteria poderia ter uma vida mais luxuosa, gastar com coisas confortáveis e obter objetos de desejo (tipo um guarda-roupa com aquelas peças luxos que eu dou pin no pinterst ou uma internet com velocidade foda) seria bem bom, mas eu sei que independente disso, seria muito feliz sendo rica ou não, ao levar a sério a ideia de que sempre precisamos almejar o necessário para uma boa qualidade de vida e não os bens materiais que a mídia nos diz que precisamos. 

Essa postagem faz parte da Blogagem Coletiva do mês de fevereiro no qual os seguinte blogs estão participando:Sentimentos ApuradosBlog RadioativaBlog do Deivy, At daytime, crazy at night  e Shiny Bubbles 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O desejo de viajar!


Fiquei pensando esses dias de onde surgiu o desejo de viajar, da onde surgiu essa vontade louca que me domina ultimamente de querer sair conhecendo o mundo... E aí refletindo sobre tudo isso comecei a pensar que devo alguns agradecimentos a pessoas que influenciaram direta e indiretamente o que chamo de "processo de descobrir o que é a arte de viajar". 
Confesso que essa vontade é recente, nunca fui uma adolescente que se interessou pelo assunto, lembro que não cogitei nem um minuto em escolher uma festa de quinze anos no lugar de uma viagem para disney. Todos os meus colegas de ensino médio viajavam para o Estados Unidos nas férias (eu não tinha aquela vontade imensa de hoje para conhecer outros países) e eu não fui em nenhuma excursão que minha escola organizava. Ainda não sei ao certo quando foi que uma luzinha na minha cabeça se iluminou e eu quis desbravar o mundo e hoje agradeço muito por ela ter se acendido. 
Acredito que foi um processo, uma vontade que se iniciou sabe-se lá porque e foi tomando força ao longo dos anos sem que sequer eu percebesse. As vezes fico pensando se sempre tive esse desejo, mas ele estava inconsciente, adormecido, escondido e a vida fez com que o mesmo viesse a tona atualmente ou se simplesmente as experiências e pessoas ao meu redor foram me influenciando e me levando para essa realidade. Seja como for, existiram pessoas que lapidaram esse meu desejo, como se lapida diamantes contribuindo para essa vontade só aumentar. 
Que eu tenho consciência, as duas primeiras pessoas que contribuíram com esse processo foram duas meninas da qual nem conheço que foram numa Semana da Psicologia da qual participei e falaram sobre a experiência delas em ir para África fazer trabalho voluntário, lembro que na época as achei loucas e pensei o que se passava na cabeça de um brasileiro que saia do seu país para ajudar outras pessoas, sendo que aqui no Brasil, na minha própria cidade, mas especificamente no meu bairro tinha uma monte de gente que precisava de ajuda. Mesmo que na época eu não dei a mínima para o que elas falavam, hoje as agradeço, porque quando surgiu a oportunidade de fazer um voluntariado em outro país me lembrei delas e das coisas legais que elas contaram naquele dia.
Outra pessoa importantíssima nessa história foi uma colega que estudou comigo no primeiro ano da faculdade, se chama Carol (nunca mais ouvi sobre ela, não tenho notícias suas e ela mal sabe o quanto foi importante para mim), Carol foi uma pessoa corajosa, ela abandonou o curso de Psicologia na USP em 2014 para fazer um mochilão pelo Brasil e hoje refletindo admiro muito sua atitude. Mas lembro que quando descobri que ela tinha trancado o curso por causa disso, a achei louca, irresponsável, não só eu tive essa reação como vários outros amigos, mas mesmo assim no fundinho lembro de querer ter sua coragem e mais que isso de querer ser louca como ela, dar o foda-se e deixar tudo para trás. A quarta pessoa importante foi minha amiga Amanda da faculdade também, um dia, no começo de 2015, estávamos conversando sobre o ato da Carol e ela disse que jamais se imaginava fazendo aquilo, que ela queria se formar, arrumar um emprego e deixar para viajar nas férias. Parece bobo mas naquela hora uma coisa bateu na minha mente e eu só tive a certeza que não queria ser como a Amanda, fiquei muito confusa porque nessa época eu também não queria ser como a Carol (afinal eu como já disse a achava louca), mas foi a partir dessa conversa que algo se despertou em mim, era como se talvez eu precisasse me descobrir ou se pelo menos a minha opinião sobre a atitude da Carol começasse a mudar.
E eu comecei a me descobrir mesmo, porque no final do semestre de 2015 me inscrevi para apresentar trabalhos científicos em dois congressos em cidades diferentes (acho que foi o jeito que encontrei para viajar). Agora lembrando eu nem sei porque quis ir nos congressos, mas a vontade de ir em um deles foi tão espontânea, não tive nenhuma motivação específica, minha professora orientadora estava na sala dela falando do congresso e eu ouvi, fiquei interessada, entrei no google e resolvi que queria ir, fui perguntar para minha professora se era aberto para qualquer um e ela disse que eu podia apresentar se quisesse, não pensei duas vezes. Importante ressaltar que meus pais foram e ainda são figuras importantes nesse processo, eles nunca viajaram muito, mas sempre me incentivaram a viajar, então acho que eles também entram nessa lista.
Mas voltando a falar das viagens que aconteceram por causa dos congressos, não tem como eu descrever o quanto elas foram importantes para dar aquele empurrãozinho que faltava para eu descobrir que queria muito mesmo viajar. Eu descobri que o Brasil era muito grande, que tinha muita coisa para eu ver e que não queria morrer sem conhecer. 
A sétima pessoa que conheci eu não lembro o nome, participou e palestrou num encontro de educação que eu ajudei a organizar. Fiquei encantada pelo cara, sua palestra foi sobre uma volta pelo mundo que tinha feito e as experiência profissionais que ele adquiriu, lembro dele mostrando as fotos da sua viagem que envolveu desde a Amazônia até a Índia. Eu tinha acabado de chegar de Pirenópolis, tinha acabado de andar de avião pela primeira vez, várias coisas borbulhavam na minha cabeça e poxa ouvir que ele tinha dado uma volta ao mundo e que tinha sido maneiro, já não foi tão assustador quanto ouvir que a Carol ia dar uma volta pelo Brasil, não sei se eu já estava mais acostumada com a ideia, se estava contagiada porque tinha voltado de uma viagem e entendia um pouco o que era a sensação de se entregar a lugares desconhecidos ou se simplesmente me permiti a aceitar aquele ladinho meu que admirava as pessoas que viajavam. Sei que por algum motivo aquela palestra foi um divisor de águas na minha vida, já não tinha preconceito com quem largava tudo para viajar.
A oitava pessoa que contribuiu muito para o processo realmente se expandir foi a Lari, minha amiga também da faculdade, ela estava na AIESEC, e estava numa área responsável por enviar intercambistas para outros países e naquela coisa de precisar cumprir metas, ela me convenceu a ir conhecer um projeto (a Lari era muito marketeira), hoje só tenho agradecer a ela, primeiro por ser marketeira, por me dar ferramentas para algo que eu vinha querendo, mas não sabia como realizar (que era viajar para outro país) e segundo por junto comigo procurar países, projetos, cidades, documentos e me ajudar a concretizar uma viagem do qual nem sabia direito que eu desejava e que realizei. 
A nona pessoa que eu conheci e faz parte dessa história foi um belga que encontrei num hostel do Chile (ele se chamava Nicolas e não sei porque não trocamos contato...). O achei muito parecido comigo em vários aspectos e fazia 7 meses que o menino estava viajando pelo mundo, então pensei se ele pode por que eu não posso também? Me peguei falando, caramba quero ser como o Nicolas. E o milagre aconteceu, porque essa foi a primeira vez que aconteceu o movimento de deixar de simplesmente achar legal aquelas pessoas que viajavam o mundo para querer ser uma dessas pessoas que viajam o mundo. Brinco que faltava aquela tal de identificação sabe? Quando encontrei alguém parecido comigo que fazia isso, percebi que eu podia fazer também, idiota né?
Acho que a décima e não menos importante pessoa foi um personagem chamado Chris de um filme... Alguém aí já assistiu Na Natureza Selvagem? (Fiquei numa bad monstruosa depois de assistir). Lógico que eu diferente dele, não sou tão radical e não conseguiria me imaginar indo para um lugar para ficar completamente sozinha, pessoas são importantes para mim, como podem ver com esse texto. Mas hoje eu consigo entender o que motivava ele a viajar, o que motiva milhares de pessoas a colocar a mochila nas costas e mais que isso, hoje entendo porque o meu eu do passado achava que as pessoas que viajam eram loucas, era porque simplesmente nunca tinha tido a experiência de viajar antes e não sabia o que viajar proporciona para nós meros humanos.
Encerro aqui... Só queria terminar dizendo que esse texto era simplesmente para agradecer as pessoas que fizeram parte desse processo, tem tantas outras que também me ajudaram, me apoiaram e estiveram comigo que eu não citei aqui, mas sou profundamente grata. Valeu pessoas! E agora vamos programar nossa próxima viagem por favor!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Aceito as flores?


Hoje eu ganhei uma flor... Queria te contar isso, por mais que as vezes me sinto um pouco louca em escrever para você... Eu gosto de flores, na verdade gosto de ganhar flores, mas você já sabia disso, lembra dos buques que me dava? Fico triste em pensar que ganhei várias suas e as únicas que te dei você não pode ver... Têm dias que penso em voltar no cemitério para te levar mais algumas, mas sou fraca e me odeio por não conseguir ir lá e ver seu túmulo frio... 
Mas voltando a falar do presente me deu uma vontade louca de te contar que ganhei um crisântemo vermelho, fiquei tão feliz em ganhá-lo e ao mesmo tempo pensei que se tivesse vivo eu poderia estar ganhando crisântemos seus e não de outro alguém. Acho que você ficaria muito feliz se soubesse quem me deu, na verdade já sabe né? Penso que a onde quer que esteja está nos apoiando e torcendo por nós... Choramos muito juntos nos primeiros meses sabe? Eu perdi um amor e ele um amigo... A dor não era igual, mas muito semelhante e têm momentos que sua sombra paira no ar e nos sentimos mal por estarmos tentando ficar juntos, ele me lembra você e com certeza eu também... Tem época que é tão difícil de lidar com o fato de você não estar mais aqui, a dor volta como se fosse uma faca afiada, me dilacera, me deixa com um buraco vazio e me pego chorando nos momentos mais inapropriados, final de ano é uma delas, novembro e dezembro foi assim, são os meses mais difíceis... Me sinto andando numa corda bamba na beira de um precipício, e tem dias que acho que vou despencar (Mas juro que estou melhorando, desde que eu comecei a fazer mil coisas, o final de ano ficou mais fácil)... 
Os nossos amigos fazem o possível para não me deixar sozinha nessa época do ano, eles não saem daqui de casa, mas desconfio que é tão difícil para eles quanto é para mim e mais que isso as pessoas sempre nos associaram, então por mais que eles não me contam acho que olham para mim e sentem sua falta, isso é uma droga, todos se fazem de forte, mas eu sei que é só na minha frente... Mas já faz tanto tempo e nossos amigos, minha família e até sua família me falam que você gostaria de me ver feliz e eu tenho certeza que é exatamente isso que deseja e é por isso que aceitei a flor, dei pulinhos de alegria ao vê-la e todo mundo está torcendo para que eu fique com o seu amigo (nosso amigo, que agora parece que é mais que amigo, isso é tão estranho). 
Me sinto muito culpada, e não é porque estou ficando com um dos seus amigos (Essa culpa já se foi, foram longos meses de superação e alguns anos de terapia no passado), mas porque eu ganhei uma flor dele e a verdade é que eu gostaria de ter ganhado de outra pessoa. E eu te odeio por me fazer passar por toda essa situação que parece nunca ter fim! Porque se você tivesse aqui, eu não teria que me apaixonar de novo e não ia ter que estar recebendo crisântemos de um e desejando que eles fossem me dado por outro, estaria recebendo de você e ponto final.  As coisas iriam ser tão mais fáceis e eu não estaria sofrendo duplamente, por você e por eles... Mas eu sei que não é sua culpa, me desculpa, a verdade é que sinto sua falta... Eu só queria te contar que voltei a receber flores e me permiti aceitá-las, acho que isso é um bom começo, o que acha? Só queria que você me ajudasse agora a me decidir se espero o outro cara me dar crisântemos (pode ser que ele nunca me dê) ou se simplesmente aceito os do seu amigo e dou uma chance para ele... 

sábado, 21 de janeiro de 2017

Viagens: Meu muito obrigada a Jericoacoara (Em fotos)


Em outubro eu fiquei quase 15 dias viajando... Mas Bianca e a faculdade? As viagens aconteceram por causa da faculdade, na verdade foi ela que deu aquele empurrãozinho sabe? Fui em dois congressos, um seguido do outro, na verdade foi uma dobradinha não pré meditada que acabou acontecendo... Um tempo atrás eu descobri que eu poderia utilizar congressos acadêmicos como pretexto para viajar (Se você faz faculdade e nunca foi em um congresso, não perca a oportunidade de ir, eles foram os que mais me ensinaram durante a graduação, além de ser o lugar que te possibilita conhecer os caras fodas especialistas que você costuma ler e estudar na faculdade durante as aulas)... Deixando o pretexto de lado, fiquei uma semana no Rio de Janeiro, no interior (Numa cidadezinha fim de mundo chamada Seropédica que tem a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), além disso passei 3 dias no Rio de Janeiro (Minha primeira vez por lá) e do Rio fui direto para Fortaleza, em Fortaleza também fiquei uma semana e de lá fiz minhas malas (Meu mochilão na verdade) e aproveitei que estava no nordeste (Minha primeira vez também) para conhecer Canoa Quebrada e Jericoacoara. Conhecer Jericoacoara era um sonho, eu tinha certeza que iria para lá de qualquer jeito, com meus amigos ou não. Por que estou contando tudo isso? Porque Jericoacoara foi muito especial. Meus amigos voltaram de Fortaleza para Ribeirão Preto e eu fiquei em Jericoacoara sozinha. E sabe aquele friozinho na barriga? Pois bem, eu fiquei meses em dúvida se eu adiantava minhas passagens para voltar com os meus amigos ou se eu encarava e ia sozinha mesmo e realizava um sonho... Por fim fui sozinha mesmo e meu Deus foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida (Não que eu queria ir sozinha, se meus amigos tivessem comigo eu teria ficado tão feliz quanto) o fato é que não deixei de fazer algo que eu queria muito por falta de companhia e me orgulho muito por ter conseguido.


Jeri foi o primeiro lugar que fui só eu e minha mochila, não tinha ninguém para poder contar, não tinha empresa de viagem e não tinha ninguém me esperando. Era eu por mim mesma, engraçado isso porque quando fui para a Argentina era eu por mim mesma também, não conhecia ninguém e nem sabia onde ia ficar, mas sabe quando as coisas eram diferentes? Tinha alguém me esperando lá mesmo que eu não conhecia, eu tinha um objetivo que era trabalhar em uma ONG e sabia que ia conhecer outros intercambistas que estariam na mesma que eu... Jeri não tinha nada disso! As situações eram diferentes e não consigo me decidir qual que senti mais medo e insegurança... O fato é que se eu não tivesse ido para Argentina certamente não teria coragem de ter ficado em Jeri completamente sozinha, acho que uma experiência levou a outra, ou melhor a Argentina me possibilitou amadurecer o suficiente para conseguir tomar a decisão de ficar sozinha em Jeri.


E sério Jeri é mágica, aquela vila é maravilhosa e tem uma certa magia e energia que é inexplicável, talvez tenha a ver com minha vibe no momento, mas desconfio que todo mundo que estava por lá estava sintonizado na mesma estação que eu. Por mais que tenha ido sozinha não me senti assim em momento nenhum, fiz várias amizades, conheci gente super alto astral, tive conversas filosóficas, treinei meu inglês e me senti rodeada de pessoas good vibes.



Percebi que tem muita mulher que viaja sozinha sim e que quando se encontram elas se unem. Fiquei num hostel muito legal e me senti tão aliviada quando entrei no quarto e vi que iria dividi-lo com 5 meninas com histórias de vida parecidas com a minha e ao mesmo tempo completamente diferentes. Foi instantâneo nos abraçamos como irmãs e não nos desgrudamos mais... Quem via achava que nos conhecíamos de longa data. E foi tão mágico! Nunca vou esquecer do pôr do sol que vimos todas juntas, das risadas, dos crepes franceses que comemos, da Jeri noturna, dos gringos que fizemos amizades, dos banhos de mar e de poder ser quem eu quisesse ser...



Voltei de lá renovada e com a certeza que sou mais forte do que imagino, que posso fazer coisas que dizem que eu não posso e descobri que muitas vezes somos nós mesmos que nos limitamos por medo, insegurança e por não acreditarmos que somos capazes. Por pouco eu não fiz minha mala e voltei com meus amigos, por pouco eu não conheci a Jeri noturna, quase que a insegurança e o medo me venceram e foi tão bom poder me libertar dos dois e dar uma chance para mim mesma...
  


Obrigada Jeri, por me mostrar que posso mochilar e mais que isso por ter feito uma pequena revolução dentro do meu ser! Já quero voltar para você <3

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

"O que escreveria na última folha de papel em branco do mundo"


Esse post faz parte de um projeto que esse inicia esse ano, que envolve todo mês realizar uma blogagem coletiva, em que vários blogueiros se organizam e postam sobre um determinado assunto nos seus respectivos blogs! Dessa maneira o tema desse mês foi: "O que escreveria na última folha de papel em branco do mundo"
O que escrever na última folha de papel em branco do mundo? Eu pensei durante dias em como escrever esse post, e mais precisamente sobre o que escrever nesse papel que eu teria em mãos. Decidi que antes de falar o que eu escreveria que seria necessário explicar o porque eu escreveria o que escrevi e mais que isso gostaria de deixar algumas reflexões que me levaram a tomar essa decisão. 
Pois bem, se eu tivesse com o último papel em branco do mundo, seria um sinal de que não se existiria mais papel no planeta, já parou para pensar no que isso significaria? A primeira coisa que pensei é que certamente o mundo teria evoluído e desenvolvido novas tecnologias para substituir a matéria prima papel, o que de certa maneira não seria totalmente ruim (árvores não morreriam mais), porém já parou para refletir sobre o quanto papéis são essenciais em nossas vidas e o quanto se eles deixassem de existir causariam um grande rebuliço nas nossas rotinas atuais? Resolvi fazer uma lista de algumas coisas que entrariam em extinção sem os papéis:

1. As fábricas de papel higiênico faliriam (Não gosto nem de pensar como faríamos, voltaríamos a usar folhas de árvores?), juntamente com as fábricas de papel higiênico certamente faliriam as de lápis de cor, canetas, borrachas e cadernos (Adeus canetas Bic, Faber-castell e tilibra).

2. Deixariam de existir caixinhas de leite, creme de leite, leite condensado e de suco Del Vale, voltaríamos para a era das garrafas de vidro e das latas.

3. Dinheiro? Pois é, as pessoas iam ter que voltar para a era medieval das moedas ou talvez os cartões de créditos seriam fabricados totalmente em plástico.

4. Livros? Só digitais... Esqueçam também os marca páginas...

5. Caixinhas de remédio? Esquece. Caixa de cereal sucrillos? Esquece. Caixa de sapato? Esquece. 

6. Papel para você anotar aquele telefone ou endereço? Esquece. Post it? Nem sonhando... Sabe aquele bilhete que você deixa pregado na geladeira? Ou aquela carta bacana que você escreve para um amigo? Vai ser coisa do passado.

7. Sabe aquela tão sonhada foto maneira? Só vai existir em formato digital. Logo não existirão mais porta retratos tradicionais...

8. E para limpar a boca na janta? Só guardanapo de pano!

9. Sabe aquele presente que você queria fazer um embrulho legal para entregar? Pois é, papel de embrulho já era...

10. Jornal, revista? Você vai precisar de internet... Clips? As pessoas nem vão se lembrar para que eles serviam...

Com certeza tem inúmeras outras coisas mais importantes que nós não conseguiríamos viver que eu esqueci de falar aqui ou que nem mesmo consegui pensar (Acabei de lembrar de mais um, documentos... Como seria nossos RGs? CNH? Passaporte? Tudo digital?). Foi pensando em tudo isso, que resolvi que se eu tivesse com o último papel do mundo em mãos para escrever o que eu quisesse, eu diferente de muita gente, não escreveria nada, talvez escreveria algo do tipo "Isso é um papel, era usado para diferentes fins durantes milhares de anos", porque eu faria isso? Porque gosto de pensar que seria importante a história preservar algo que foi essencial e fundamental por muitos anos na história da humanidade... E do mesmo jeito que gosto de ver lanças pré históricas, ossos de dinossauros, castelos medievais nos museus, acho que gostaria de ver o que era um papel se fosse de uma geração futura em que eles não existiriam. E vocês? O que fariam com o último papel do mundo se ele estivesse em suas mãos? 

Esse post como já dito anteriormente faz parte de um projeto de blogagem coletiva, do qual participam os seguintes blogs (Todos eles deram fins diferentes para essa questão do que escrever na última folha de papel) Sentimentos Apurados, Blog Radioativa, Fotografei, Blog do Deivy e Shiny Bubbles